sábado, 16 de julho de 2011

Doce amargo ácido - primeira parte.

            E eu vejo você se afastando, cada vez mais. Quando você já não é mais visível a olhos nus, procuro sua presença em qualquer coisa.
         E então ela se torna cada vez mais ausente.
         Quando um reflexo ou um vestígio do seu perfume eu encontro, o mesmo se afasta com a facilidade cujo eu e você corremos. Eu grito, não, ó doce doçura, não vá, por favor.
         Suba nove degraus lentamente até bater de leve com a cabeça no baixo telhado, entre na portinhola inadequada e cuidado com as felpas mas ó não ligue para elas não, entre, vamos, entre. Dê três passos para a esquerda e dois pra frente e sim, rapaz, desça no alçapão embaixo de você e coma sete balas de limão para ver se a sua acidez, ó doce acidez, não passa.
         Tentei te avisar enquanto era possível, ó se não tentei. Mas foi tarde e então você teve que partir.

Um comentário:

  1. Você escreveu de um modo bem diferente sobre o tema, isso que chamou e prendeu a atenção. Quero a segunda parte, Jô.

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