terça-feira, 26 de julho de 2011

Doce amargo ácido - quarta parte FINAL

         Eu que te ensinei a viver, doce ingrato. Ácido ingrato. Amargo ingrato. Com todas as letras, in-gra-to. Você sempre foi assim. Um grande porra de um ingrato que eu amei tanto assim.
         Saia, saia já do meu pé, disse-te eu, mas ó doce ingrato, não se comova. Eu já disse que te aceito com todas as letras.”
         Você ria, ria da minha cara de boba e em você sabia me enganar fácil e habilmente.
         Repito, e repito e não me canso de repetir. Te amar foi um erro. Um eterno e lúcido erro, na rua mais sinuosa escura oblíqua e clara rua, bairro, cidade estado país.
         E não venha me rotular, enquanto tu ainda arranca os dentes de leite, eu arranco os dos meus filhos.
         Sou uma velha e madura mãe trintona e ultrapassada, que ainda amo-te o suficiente para aceitar o pior dos seus erros mal-feitos e planejados.
         Se você voltar, ó doce som da frase: “se você voltar”, pena tão banalizada, oh mas se você voltar eu vou te achar, ah vou, e vou te enganar com meu truque das balas de limão. Já citei em algum ponto desse enredo que bala de limão poderá tirar a sua acidez mas não se engane, eu gosto das suas curtas e grossas.
         Me ame, me deseje e me queira. Mas não se esqueça que para me es-ti-lha-çar depois vai custar sangue, very blood, porque eu não vou deixar você ir tão fácil. Simples e facilmente, não. 




Vou ter que agradecer a minha querida Myrlla pelo apoio desde sempre, obrigada. Bom, e não apenas por isso, mas por ter me ajudado com o texto. Muito obrigada. 
http://loucuraeradiacao.blogspot.com/ 

2 comentários:

  1. Como já disse, o texto está foda e "chamativo", prende o leitor do início ao fim.
    E quem diz obrigada sou eu, Jô, por você ser tão amável sempre, desde sempre.

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  2. Oh, Myrlla. Como você é boa para mim. Eu te amo.

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